27 fevereiro 2007

Os diários de Che e eu

Vi “Os Diários de Che Guevara”. E o pensamento que me ocorre é o de que a Medicina, pelo menos quando se trata de uma licenciatura, não é a escolha de um emprego nem de um futuro, é antes uma opção de vida. A concretização de um modo de vida.

São tantas as questões que surgem que nem sei por onde começar. Acho que vou apenas deixar amadurecê-las e crescer dentro de mim.

Mas há uma ideia que não posso deixar de lançar o repto para que seja comentada. No início da sua viagem, Che e o seu amigo fazem-se valer do (futuro) título de médico de Che para conseguir meios para a sua própria subsistência, para a concretização das suas próprias necessidades: comida, abrigo, transporte. Paradoxalmente, no fim e, parece-me, em consequência de toda a tragédia e injustiça que viram pelo caminho, dedicam-se a concretizar as necessidades de outros.

Pergunto: estarão grande parte dos médicos de hoje a usar o título mais ao serviço das suas próprias necessidades do que ao serviço dos outros? E, se sim, qual é a “viagem” que devem fazer para abrir horizontes?

Este post foi colocado no Blog que divido com os colegas que partilham comigo, todos os dias, esta aventura de não só enveredar por um novo caminho, o de uma nova licenciatura, como também o de marcar a diferença no exercício da Medicina. Resta-me acrescentar uma pequena “prendinha” para as leitoras ;)

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